Chana - o protótipo de Fernando Coelho


Chana nas 3 horas de Luanda em 1972 - 9º lugar



O Chana

Há pessoas cuja visão ultrapassa todos os obstáculos. É o caso de Fernando Coelho, um entusiasta que sonhou em fazer o seu próprio carro de corridas. Depois de alinhar com um “Lotus Chana I”, Coelho avançou para uma versão mais sofisticada, o Chana II. A base era a mesma, um Lotus Super Seven mas, a carroçaria, era um misto de alumínio e de fibra de vidro. Para equilibrar um pouco a péssima distribuição de massas (recorde-se que o motor era à frente), o carro foi equipado com jantes de ferro de 13x9 na retaguarda e de liga leve de 12x6 no eixo dianteiro “para tornar o carro menos sobrevirador, uma vez que o motor é na frente e a traseira torna-se muito leve”, como dizia o construtor.

O carro receceu um motor Lotus Twin Cam 1.600, com 160 CV de potência e uma caixa “close ratio” de quatro marchas.

O sonho de F. Coelho era montar um motor BMW de dois litros.

À parte os resultados em competição, influenciados pela falta de ensaios suficientes, o Chana II tem, acima de tudo, o grande mérito de demonstrar que em Angola, nos anos setenta, já havia tecnologia para fazer moldes e trabalhar a fibra de vidro. Coelho fez o molde, a empresa Wandschneider realizou a carroçaria, tudo por 15 mil escudos (€2.674).

*Texto reproduzido de jornal da época (abaixo). Fotos: Tuku Tuku



 
 
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“Understanding how it works is half the battle; making it work better is the mechanic’s ability.”

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